SÍNDROME DE BURNOUT- O ponto final do stress profissional.
É quando o corpo e a mente resolvem juntos dar um basta.
A sensação é de um cansaço máximo, uma falta absoluta de energia. Todas as reservas definitivamente acabaram.
É quando um profissional antes extremamente competente e atencioso liga o dane-se. No lugar da motivação, surge irritação, uma total falta de concentração, desânimo, uma sensação de fracasso.
Esses são alguns alertas de que uma doença cruel e de difícil diagnóstico está arruinando este profissional.
Conversando com alguns médicos amigos que trabalham em pronto socorro, percebo claramente que ela é hoje uma das grandes queixas tanto por parte dos pacientes, como da sua equipe médica e de enfermagem.
Essa síndrome avançou hoje em números alarmantes tanto em hospitais, como nas empresas ou escolas.
No Brasil, 30% dos profissionais apresentam a síndrome, conforme pesquisa da International Stress Management Association (Isma).
Segundo pesquisas, noventa e seis por cento (96%) destes profissionais faltam ao trabalho para realizar consultas, exames ou estão de licença médica.
Acreditava-se no passado que ela atingia diretamente profissionais como médicos, enfermeiros, bombeiros, policiais, professores. Infelizmente hoje ela se infiltrou em todos os tipos de profissões.
Os brasileiros vivem esse problema de perto segundo estudos recentes. Foram investigados oito países: Estados Unidos, Alemanha, França, Brasil, Israel, Japão, China- Fiji e em Hong Kong- China.
O índice mostra que o Brasil só perde para o Japão.
Principais sintomas: Fadiga- cansaço constante, distúrbios do sono, dores de cabeça e musculares, irritabilidade, alterações de humor, perda de memória, dificuldade de concentração, falta de apetite, depressão e perda de iniciativa.
Em casos mais graves costumam surgir gastrite/ úlcera, diarréias, crises de asma, taquicardia, pressão alta, alergias, infecções, aumento do consumo de café, álcool, calmantes, cigarros e drogas.
Um funcionário que sofre dessa síndrome trabalha em média cinco horas a menos por semana. Os riscos de erros e acidentes aumentam muito.
Os colegas pensam: Como alguém pode ficar doente o tempo todo? Começam as implicâncias e falta de apoio. Familiares e amigos não entendem como alguém aparentemente normal pode estar tão mal. Quanto mais este profissional se esforça para reagir, pior ele fica, É um ciclo vicioso. Ele precisa de ajuda especializada.
A pessoa tende a adoecer mais porque o sistema imunológico fica comprometido.
Os sintomas são tão insuportáveis, que há uma forte relação com o uso de drogas e alcoolismo.
O diagnóstico deve ser feito o quanto antes e é indispensável o acompanhamento profissional de um Psicólogo clínico. Em alguns casos pode haver a necessidade de uso de medicação e acompanhamento Médico Psiquiátrico.
O numero de suicídios associados à síndrome é também bastante preocupante.