SEXO, DROGAS e CARNAVAL! A LIBERAÇÃO SEXUAL ATRAPALHA O SURGIMENTO DO AMOR?


(Este artigo foi escrito em fevereiro de 2017).

Carnaval é uma das festas mais populares e sensuais brasileiras.
A sociedade tem apresentado cada vez mais sintomas dos transtornos causados pela ideologia do sexo fácil, livre e sem responsabilidade. A televisão vende essa ideia porque o que choca dá audiência, mas cresce o número de pessoas mergulhadas em compulsões de ordem sexual, viciadas em pornografia, em drogas, mergulhadas num vazio interior gigantesco, infelizes e até depressivas.

O casamento e o amor parecem cada vez mais distante da realidade da maior parte dos jovens, e isso é muito triste. Como enfrentar este problema?
O carnaval é sem dúvida nenhuma a época mais promíscua do ano no Brasil.Tudo é permitido, exageros sexuais, múltiplos parceiros, orgias, uso e abuso de drogas e bebidas...

Após o carnaval vem a ressaca moral, das consequências desses atos desmedidos. Gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis, dependência química, sentimentos confusos sobre o amor, e sobre a falência dele.O sentimento de alegria desmedida é transformado no sentimento de tristeza, de solidão.

A liberação sexual vem sendo confundida com promiscuidade. O amor vem se tornando cada vez mais raro e não é incomum ouvirmos pessoas com mais de 40 anos afirmando nunca terem amado.

Mas o que a liberação sexual tem a ver com a falta do sentimento do amor?

As pessoas precisam ter em mente que a sexualidade corresponde ao todo do ser humano. É um conjunto de relações corporais, afetivas, psíquicas, mas também um projeto de amor. O ser humano é corpo, mente e espírito. Essas três realidades precisam estar integradas para que a pessoa tenha não somente uma sexualidade saudável mas para que ela seja FELIZ como um todo.

Ao fazer sexo só com o corpo ou por uma compulsão psíquica, porque ‘deu vontade’, estamos dilacerando (quebrando, rasgando) o todo da sexualidade.A geração do consumismo prega o prazer imediato, a satisfação de todos os desejos, sejam eles, sexo, drogas, bebidas, compras e etc...

A luta pela conquista do objeto desejado parece cada vez mais fora de moda. Vemos isso não somente no carnaval mas no dia a dia. Pessoas confundindo desejo sexual com amor, pessoas infelizes buscando consolo nas drogas, nas bebidas, nas compras exageradas... No caso da compulsão sexual, percebemos que ela ocorre quando a pessoa tem no sexo, a sua única forma de prazer. Geralmente, as pessoas que apresentam este tipo de transtorno sofrem com ansiedade, timidez, TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) e depressão mas o que determina que a pessoa está dentro deste quadro é quando ela começa a ter prejuízos na sua vida cotidiana.

Parece que estou sendo demagoga, “careta” mas uma das queixas que mais escuto hoje em dia tanto de homens quanto de mulheres é:
“Quero viver um amor de verdade, me casar, amar e ser amado, mas hoje em dia está cada vez mais difícil encontrar alguém que também queira isso”.

A única maneira de sairmos deste ciclo- vicioso é pararmos para nos questionar se estamos realmente felizes, o que faz com que estejamos buscando drogas, bebidas e sexo como forma de mascarar a nossa infelicidade?

O que realmente desejamos para a nossa vida?
Ao repensarmos a maneira que estamos vivendo, perceberemos que estamos sendo vítimas de nós mesmos!
Procurar ajuda profissional de um psicólogo experiente, nos ajudará a compreender os motivos pelos quais estamos nos boicotando.
Ao revermos as nossas atitudes e admitirmos que não é essa a vida que queremos para nós mesmos, podemos começar a encontrar um novo caminho. O caminho da felicidade plena!

Dra. Luciana Muszalska
Psicóloga Clínica - CRP: 06/61713