A FALTA DO DESEJO SEXUAL


Falar de disfunção sexual é muito mais do que falar de insegurança, falta de amor próprio, falta de carinho, de desejo e de excitação. É falar de infelicidade.

Ninguém é plenamente feliz quando se falta “algo”. O sexo é hoje um fator de grande importância na vida das pessoas. Se nos falta “algo” para que nos sintamos felizes, porque continuar dessa maneira?

Muita gente deixa de procurar ajuda psicológica simplesmente por desconhecer a relação entre a disfunção de sexualidade e os fatores emocionais, sentem vergonha de falar sobre o assunto...

Mas é extremamente comum para nós psicólogos esse tipo de dificuldade. Ou seja, talvez esteja na hora de admitir que VOCÊ precisa de ajuda!
Disfunção sexual tem na grande maioria dos casos tratamento e cura!

Há três fases da resposta sexual. Quando uma pessoa se vê diante de um bloqueio de natureza psicológica existe a possibilidade de ela desenvolver interrupção em uma das três fases que compõem este ciclo, são elas: Desejo, Excitação e Orgasmo. Neste caso, o transtorno sexual é denominado disfunção sexual.

Disfunções do desejo: Também conhecida como disfunção da libido, mais popularmente como "frigidez".Disfunções da excitação: Também chamadas de disfunções eretivas, de lubrificação ou popularmente conhecida como "impotência".
Disfunções do orgasmo: Conhecida como disfunção "do prazer", ejaculatórias (ejaculação precoce ou e retardada) ou anorgasmia (falta de orgasmo).
Dispareunia e vaginismo: A dispareunia (coito doloroso) e o vaginismo, também são importantes disfunções, devem ser considerados à parte, pois podem existir na presença de desejo, excitação e orgasmo.

Geralmente, a dificuldade de resposta sexual dá-se apenas em uma das fases, porém, pode ocorrer o comprometimento das outras fases em consequência da primeira.

Um homem de 37 anos com disfunção de excitação "impotência" há aproximadamente um ano procurou minha ajuda profissional há alguns anos atrás. Estava extremamente infeliz, pois, até bem pouco tempo, apresentava desejo sexual normal, o qual vem diminuindo drasticamente e complicando mais a sua relação conjugal.
Neste caso tratava-se de uma disfunção eretiva que se somou a uma inapetência (falta de vontade de praticar sexo). É importante esclarecer nessas situações que a deterioração das outras fases vem como consequência da primeira.
No caso de mulheres, as principais causas são: desconhecimento do próprio corpo, muito comum em mulheres que recebem uma educação muito castradora, medo de engravidar, religião, crendices, experiência obstétrica traumática, envelhecimento, até a violência sexual que inclui o estupro e o abuso sexual.

Além destes fatores, existem mulheres que se cobram muito em todos os aspectos, que estão sempre se sentindo abaixo do que gostariam de ser e acabam se preocupando muito mais com o desempenho do que com a sua satisfação. Um dos fatores comuns é porque não gostam de seus corpos, sentem vergonha de seus órgãos genitais, se acham fora de forma, o que as deixam pouco ou nada a vontade na hora de se expor. Com isso, passam a negar toda a sua sexualidade e todo tipo de atividade ligada a este aspecto das suas vidas.

O estresse e a depressão também podem levar ambos (homem e mulher) a não sentir desejo sexual, pois geram desmotivação, apatia e tristeza.

No caso dos homens é ainda mais complicado, pois na nossa sociedade, o homem tem que estar sempre pronto, ter um comportamento sexual ativo, seguro de si, com desempenho sexual exemplar. A cobrança em cima deles, é muito grande...

Portanto, se as queixas são resultado daquilo que vivemos, elas podem e devem ser resolvidas.
Para solucionar os problemas sexuais, é necessária uma mudança de perspectiva, baseada na ideia de que é possível encontrar novos caminhos, mudar direções e ampliar horizontes.

A psicoterapia sexual oferece a ajuda de um (a) profissional especializado(a), para pessoas que querem alcançar a felicidade como um todo. Sem preconceitos, padrões ou falsas crenças...

Dra. Luciana Muszalska
Psicóloga Clínica - CRP: 06/61713