Cinco razões pelas quais os jovens podem ser atraídos por elas...
Eles experimentam essas substâncias por pressão dos colegas. É uma maneira pela qual se sentem adultos, capazes de tomar suas próprias decisões, por curiosidade, por imitação, uma maneira de se sentirem independentes, de se revoltarem contra a família, ou com a intenção de “se sentirem importantes”.
Os apelos dos comerciais obviamente exercem uma grande parcela de culpa, mas não é somente ela a única responsável pelo uso de drogas na adolescência e juventude.
Eles consomem álcool porque consideram ser: “normal”. “-Todo mundo bebe, eu gosto, é divertido, eu fico mais relaxado, menos tímido, porque estou mal, é uma maneira de não pensar nos meus problemas” dizem os adolescentes.
Quando me questionam quais os adolescentes que se encontram em situação de risco, eu respondo: TODOS!
A maioria dos adolescentes e jovens sofrem pressão para o início de seu uso. Mas alguns fatores o tornam potencialmente mais propensos a experimentá-la.
1. A histórico familiar de alcoolismo ou o uso de drogas;
2. A primeira atitude dos pais ao perceberem que seus filhos estão bebendo ou fumando;
3. Estresse familiar, causado por uma separação, novas uniões conjugais, constantes brigas em casa, desemprego, doença ou morte de um dos pais.
Com o uso das drogas, aumenta o índice de fugas do lar, abuso físico e até sexual.
Infelizmente, muitos pais, só enxergam o perigo quando é tarde demais...
Caso de uma adolescente de 16 anos atendida a alguns anos atrás:
“_ Ela tomava bebidas alcoólicas...”,conta sua mãe em meu consultório. “_ Nós achávamos isso normal, depois de algum tempo, começou usar maconha com um namorado, quando vimos, era tarde demais... Ela ia mal na escola, se achava feia, era muito insegura, gritava conosco e com seu irmão quando não deixávamos que ela saísse. Um ano depois, ela fugiu de casa pela primeira vez, depois mais uma monte de vezes... quando percebemos ela já estava fumando crack, se prostituindo e morando na rua. (sic)”.
Algumas dicas que podem ser usadas pelos pais em casa:
É importante que os pais conversem com seus filhos sobre TUDO, inclusive drogas.
O diálogo é fundamental. Saber ouvir suas angústias, explicar quais as expectativas da família com relação ao jovem (no futuro), sobre o que é droga, sobre sexo, sobre seus medos e inseguranças, sobre como essa família pensa. O diálogo é uma das melhores formas de se combater as drogas na adolescência. Dedicar um tempo diário para conversar com os filhos a respeito do que está se passando em suas vidas, como se sentem e o que pensam, deveria ser natural a pessoas que se amam. Deve-se deixá-los falar livremente, não é necessário ter respostas, mas escutá-los atentamente, respeitando suas experiências e sentimentos.
Impor limites claros. É interessante notar a enorme relação entre a falta de limite na educação e o uso das drogas na juventude. O adolescente que não tem limite, entende (inconscientemente, apesar de não admitir) que ele não é digno de atenção, de carinho, de amor por parte dos pais. Ao mesmo tempo que eles questionam o tempo todo estes limites, pois já se sentem donos dos seus narizes, e isso é próprio da adolescência, a falta destes mesmos limites, é entendida como falta de amor.
Ajudar os filhos a definirem objetivos pessoais, estudos, faculdade, e esportes também faz parte da educação.
É importante ensina- lós a tolerar fracassos, que são oportunidades para crescer e não para desanimar.
Conhecer os amigos dos filhos e também os pais destes amigos, é fundamental; afinal, seu filho estará formando conceitos através das relações com essas pessoas também.
Conversar sobre suas frustrações pessoais e profissionais, faz com que ele perceba que você também tem que lidar com o NÃO, apesar de não gostar...
Deve-se desfrutar da companhia dos filhos: uma das maiores felicidades da vida é ter os filhos em casa. Tanto pais quanto os filhos devem trabalhar para que o lar seja um ambiente positivo para todos. Isso significa trabalho de equipe e respeito mútuo.
Ser um pai / mãe “intrometido/a”: é importante fazer perguntas aos filhos, onde e com quem estão. Esta informação é necessária para que sejam pais efetivos e participativos.
Nunca é demais lembrar... Enquanto estiverem na casa dos pais precisarão aceitar sua autoridade.